21/05/2007

TÃO ANTIGO O SOM DAS PALAVRAS


Tão antigo o som das palavras

Como espelhos ardentes de desejos

Que se consomem em labirintos eternos

Ao sabor da tua pele

Onde a vontade é de percorrer os seus caminhos

Sem nunca querer chegar

Os passos que se deixam

Como mapa dos dias nos teus beijos

Acumulam-se na espiral que se transforma

Na teia que te acolhe e abraça

Não só no dia de hoje como no dia que acorda amanhã.

Adormecem os sonhos ao cuidado dos teus braços

Eternizados na coincidência das nossas almas

Que batem sonoramente com o mesmo coração.

A Lua recorta-se entre nós

Como a luz que abençoa para longe as sombras à nossa volta:

Fogo-fátuo desta vida

Caímos em todas as outras

Como seres unidos pela mesma espécie

A do AMOR.

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