TÃO ANTIGO O SOM DAS PALAVRAS
Tão antigo o som das palavras
Como espelhos ardentes de desejos
Que se consomem em labirintos eternos
Ao sabor da tua pele
Onde a vontade é de percorrer os seus caminhos
Sem nunca querer chegar
Os passos que se deixam
Como mapa dos dias nos teus beijos
Acumulam-se na espiral que se transforma
Na teia que te acolhe e abraça
Não só no dia de hoje como no dia que acorda amanhã.
Adormecem os sonhos ao cuidado dos teus braços
Eternizados na coincidência das nossas almas
Que batem sonoramente com o mesmo coração.
A Lua recorta-se entre nós
Como a luz que abençoa para longe as sombras à nossa volta:
Fogo-fátuo desta vida
Caímos em todas as outras
Como seres unidos pela mesma espécie
A do AMOR.

