O TEU CORPO É A MINHA CASA
Todas as vezes da História.
Acontece.
Que do teu corpo me levante
Como a árvore que se ergue da Terra
Com raízes enleadas
Nos espaços férteis do teu coração.
De ti parto. A ti regresso.
Lar que abraço
Sendo abraçada.
Ponho a alma à lareira
E deixo o mundo lá fora.
Aqui dentro o Tempo passa
Apenas ao sabor dos nossos lábios.
As nossas mãos guiam-se sem mapas
Porque os limites esbatem-se em nós
De cada vez que chego aos teus braços
Depois do caminho escolhido.
O teu sorriso dançando no olhar
Ilumina a alma inteira que se te entrega.
A novidade és sempre tu
Na conquista demorada
Do meu corpo no teu corpo.
Não eras tu a presa
Que se deixava prender nos meus braços.
Era eu que me prendia a ti.

