12/03/2007

O TEU CORPO É A MINHA CASA


Todas as vezes da História.

Acontece.

Que do teu corpo me levante

Como a árvore que se ergue da Terra

Com raízes enleadas

Nos espaços férteis do teu coração.

De ti parto. A ti regresso.

Lar que abraço

Sendo abraçada.

Ponho a alma à lareira

E deixo o mundo lá fora.

Aqui dentro o Tempo passa

Apenas ao sabor dos nossos lábios.

As nossas mãos guiam-se sem mapas

Porque os limites esbatem-se em nós

De cada vez que chego aos teus braços

Depois do caminho escolhido.

O teu sorriso dançando no olhar

Ilumina a alma inteira que se te entrega.

A novidade és sempre tu

Na conquista demorada

Do meu corpo no teu corpo.

Não eras tu a presa

Que se deixava prender nos meus braços.


Era eu que me prendia a ti.